Lugar da delicadeza com o outro e com a própria Liberdade.

Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz

Monday, July 03, 2006

Infelicidade de um "modo" Feliz!

"a barreira do eu individual, na qual ele era um homem como os outros, ruiu" (Prost). "eu é um outro" (Rimbaud), ou "sou agora impessoal" (Mallarmé)

O Demônio da Teoria - Literatura e senso comum, Antoine Compagnon, pag. 36

Esse é o lugar. A impessoalidade é a mais presente mania nacional. O que é pessoal e intrasferível está na rede. Voz canção lancinante. Escrever mais que uma dor é uma coisa que puxa para desenhar um destino, um rumo. Impessoal. Compro, logo existo. Escrever é preciso. Viver é necessário... Continuar acreditando não é mesmo fácil. Sei que quem disse que era, mentiu. Por boas razões, mentiu. Mas tornou - se deveras lancinante,

O lugar onde o barco deve chegar está acima do bem e do mal. É o lugar do pressuposto. Um intervalo entre o sim e o não. O "é." e o "será!(?)". A dor da dúvida. A dúvida é o que mata. Vai destruindo sonhos, desmoronando castelos erguidos sem nenhum cuidado no primitivo século XVI. Não há canais, não há um pensamento que não seja feudal. Ah, que saudade de Athenas. Tebas. O que houve com o pensamento Clássico ? Por que queimar livros ? Para onde caminha a Humanidade ? Não há certo, que não esteja errado.

Tudo é rápido e sem asas. Como na canção de alguém rebatizado por si mesmo. É preciso reconstruir histórias próprias. Sua própria história. Não adianta tanto sol, na solidão. Um guia apenas, um rumo somente. Um caminho cheio de saídas não levar ao longe. Por isso, que quem não faz leva. Quem leva a sério vira idiota. É feito de bobo. Embora não se possa existir longe de si mesmo, um Encontro, que seja, é necessário. Importa. Faz a diferença na direção escolhida.

Remo, remo e morro longe. No mar ressucito todas as vezes que estou morta. Definindo o próprio tradutor do sentimento do mundo, nascido gaúcho de Alegrete (RS) : "Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?" (Mário Quintana).

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