"...a ordem fisionômica tem facultada a sua desenvoltura além do livro, fabulando-se desimpedidamente no âmago de cada leitor, ao confirmar este, com os painéis de seu testemunho ou de sua devaneada autoria, aquelas nominalidades que se inscrevem de modo mediato ou imediato, no seio do nome alegria e do nome tristeza"
Evaldo Coutinho,
O Lugar de Todos os Lugares. (Pág. 2)
A gente nunca repara nas palavras como deveria. Há sempre uma impressão e uso, nessa e na ordem inversa, sem que a lembrança da origem ou da essência do que vai escrito sejam observadas. Analisadas mesmo com olhos de lince e dedos de pinça. Vai uma palavra que é assim abusada...há milhares de anos, bem assim: destino. Apreende um sentimento imediato de certa fragilidade, um sentir indefeso diante de uma força. E com pequeno esforço compreender onde está ou é. Na ausência do tino.
Outra palavrinha tão pequena e tão completa que só poderia mesmo ter quatro letras como outras do seu time, casa, país. É fogo, é água, fome, figo, maçã, pêra, boca, olho, veia, teia, nexo! nome... vai por aí!
Sei que estou no meu melhor. Em quatro pontos do quadrado, aprisionando meu sol, gasto. Estou descolorindo. Pensando em pontos de ligação que anulam na gente a possibilidade de se guiar pelo tino com as coisas, nas circunstâncias da vida.
Puxa, palavrinha de quatro letrinhas tão importante e eu esqueci: ! Viver faz uma falta danada. Estava viva há tantos anos e sem nenhum gosto de vida...que ficava pedindo migalhas aos meus companheiros de viagem dia e noite, noite e dia. Tenho dois grandes e eternos companheiros nessa vida. Meus e nascidos de mim de verdade. Além de amigos. Bons e ternos amigos e amigas.
E esse destino de ser, de algum modo, mais feliz, não pode apenas me encher de saudades. Em nome do destino, nunca mais esqueço o sentido das palavras, nem de começar pelo caminho certo: Amor e Vida.
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