Lugar da delicadeza com o outro e com a própria Liberdade.

Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz

Monday, August 21, 2006

21 de Agosto de 2006

Há quase exatos cinco anos leio e estudo com alguma profundidade possível a obra de Clarice Lispector. Depois de conhecê - la no romance que escreveu aos dezenove anos de idade (Perto do Coração Selvagem), fui me comovendo e envolvendo numa busca de entender e dar nomes a sentimentos que tão bem descreve e também conhecia de forma que passei ser um pouco que habitada. O modo e o jeito, foi consolidar tanto "entendimento". Com uma especialização. Quase com nota máxima. Quase. Sempre ele. Hoje, depois de outros três anos insistindo em detalhes e olhar atento do que se publica ou compreende o universo de Clarece, estou enxergando.

Finalmente vejo. Está ali endereço "releituras.com". Texto sobre Clarice Lispector: "Em 19 de janeiro de 1941 publica a reportagem Onde se ensinará a ser feliz, no jornal Diário do Povo, de Campinas (SP), sobre a inauguração de um lar para meninas carentes realizada pela primeira dama Darcy Vargas. Além de textos jornalísticos continua a publicar textos literários. O mesmo endereço diz ainda o que a autora fez com o primeiro salário do novo emprego onde passou a conviver com Antônio Callado, Francisco de Assis Barbosa, José Condé e, também, com Lúcio Cardoso por quem nutre durante tempos uma paixão não correspondida (...) "entra numa livraria e compra Bliss - Felicidade de Katherine Mansfield, com tradução de Érico Veríssimo.

Tomo aqui, nota pública para não esquecer. Da data, do instante em que voltei a ver as coisas todas em sua essência. Do momento em que devolvi a mim mesma uma percepção clara e fina da vida. Momento em que o conto Amor, de Clarice, me inspira:

"Certa hora a tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava - se" e que "no fundo, ... sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado".

Monday, August 14, 2006









Pérolas Comestíveis

Cobiçadas pelo Mundo, ameaçadas por extinção, pela pesca predatória... seus ovos dos olhos de peixe são ovas do esturjão siberiano. Elas encontraram na França um lugar seguro. Para a preservação da espécie. E deleitam os apreciadores. Enlatadas, são e resultam no precioso caviar. E comem e sofrem com as ameaças de Extinção. Este sim, é perigoso.

Consagradas por seus encantos astronômicos. Para Gastronômicos falta apenas o "G". E não falta mais. Elas são, e como. Foie Gras do PériGord. Compreendeu bem: PériGord! Ahhh...Há as ostras de Arcachon. Há os outros. Há as outras. Há ela, A ostra. Há as voltas que os vinhos dão. Há vinhos jovens, outros não. Há os vinhos de Bordeaux, de doze, treze anos, da fascinante região da Aquitaine. Lugar de onde nunca deveria ter saído Aqui. Do oeste, da França. Ele vem. Tesouro, abrigo desse tesouro comestível, besouro zunindo num vale, dão graças ao seu inestimável valor. Graças do destino, graça do acaso, que é Deus. Por muito pouco elas, as pérolas comestíveis, não desaparecem da face do planeta. Melhor, do Mundo. Foi graças, dessa feita, a bem-sucedida, bem amiga, experiência de criação em cativeiro, que continuaram vindo e vivas. O esturjão e suas cobáias, as cobiçadas ovas. Agora encontraram novo porto seguro. Velejam em mar bravio da empreitada francesa. A cada pérola comestível que se devora, compromete seu vazio, sua composição de um vazio desconhecido. E lhe resta escrever um inédito e otimista capítulo na fantástica história do caminhar. Das pérolas comestíveis, e das outras: as ostras.

Peixe da era jurássica. É ele, o esturjão. Fácil encontrá - lo em mergulho solto nos rios da Europa. Nas águas da Ásia e da América do Norte. Aos primeiros sinais de alerta acenara para as ostras. Medo, perigo, faro, intuição do risco de sua extinção. Datam desse período dardos arremeçados em direção às pérolas comestíveis, no ano de 1991. Foram - se as investidas políticas, românticos idealistas, perderam o discurso com o derradeiro colapso soviético. Pedraram. Ninguém mais os ouviu. No caos que se seguiu à dissolução da federação comunista, havia o garimpo desenfreado da extraordinária iguaria. Not French, but Fries. No entanto, sobreviventes que são, adquiriram um novo discurso que ganhou rapidamente contornos de uma tragédia ecológica. Ele será o único. O homem - ilha. Seu único lugar de habitar. Dela, a pérola comestível, habitat.

De volta à história. Ainda sem final, nem meio, nem começo sem fim. A "enfadológica prática" de seu egoísmo, e entretanto medo e escolha, cassados, não comeram mais ninguém. As ostras, cansadas, fecharam-se com suas cortinas e ficaram surdas às más notícias. Restaram saudáveis instalações. Como em Sturgeon Scea, onde há a maior fazenda de esturjões da Europa. O último susto fez o mais respeitável de todos pesar 5 toneladas. Hoje suas palavras são vendidas a preço de caviar, em média 1 350 euros o quilo. Nada mal para ex jurássico que mudou de um discurso difícil para um discurso fácil. Sua empresa represa desejos até a lembrança da última década de atividades não assexuadas. Foi em 1995, que conseguiu importar alevina da espécie Acipenser baerii. Diretamente da Sibéria. Também conhecida como verdadeira França. A Conhecida viajante é encontrada em diferentes lugares da Rússia, nos lagos Curonian e Vistula, no Golfo do Riga e mesmo no Golfo da Finlândia.

Pouco menores, mas ainda assim adultos em idade avançada, que sonharam em poder alcançar 4 metros, são de outra espécie, estes sim, peixes. Como o esturjão, mas do Mar Cáspio, lugar de extensa superfície sonora de 371 000 quilômetros quadrados. Música que espelha como água na maior porção do mundo. Poça gigantes que brota do poço sem fundo com saída para nenhum oceano. Capaz de banhar cinco nações. Do Irã à Rússia. Tornando - se mais aquietados no espírito, passaram a ser chamamados de exemplares de Acipenser baerii. Eles sim demonstraram impressionante adaptação ao ambiente francês. E a seu modo.

Quando o boletim avisa: "Em 1997, uma grande quantidade de exemplares de esturjão siberiano foi liberada acidentalmente nas águas do Rio Negro, um afluente do Rio Uruguai. Em pouco tempo, começou-se a capturar exemplares do peixe em diversos pontos do Rio Uruguai médio e inferior e na margem uruguaia do Rio da Prata e também no Rio Paraná. Desde então, continuam chegando relatos de aparições de esturjão na região. Há, inclusive, uma campanha de esclarecimento para que, em caso de pesca, o animal seja preservado intacto e entregue às autoridades competentes. Não se tem idéia ainda da extensão do impacto ambiental causado pelo acidente. Mal sabe aquele matreiro pescador que na ponta de sua vara balança uma fortuna".

É com imensa ventura que sopro a moral da história: a pérola que era dada a poucos, agora é comestível. E habita um único lugar. Serpenteia no Rio Prata sua captura. Comida rara. Como ? Pode ? e Como Pode? já é tanto pensar numa saída, que o que vem de clareza é clarão inteiro da compreensão da vida. Dê o mundo inteiro que vou devorar e decifrar, a esfinge não me põe em susto. Eu luto e descubro o rumo do rio. E o riso preso na passagem estreita para esse sentimento todo que canalizo em fio de meada fino demais para deixa passar o sentimento todo do mundo que cabe nas mãos.

Sunday, August 13, 2006


"Da cama não via o jardim. Um pouco de bruma entrava pelas venezianas abertas, o que se denunciou ao homem pelo cheiro de algodão úmido e por uma certa ânsia física de felicidade que a cerração dá".

Clarice Lispector, A Maçã no Escuro, pág. 16.

Por outro lado: "Moro, num país tropical, abençoado por Deus... e bonito por natureza. Mas que beleza, é fevereiro". Faltando apenas dois meses para ser novamente "Abril...Solar". É quase tempo inteiro, completo, do fim. Sim. Porque é preciso dizer sim ao sim, e não ao não. Sendo assim, aí está o direito que reivindico. Do adeus. E eu tenho sim um nome, não é Gal. Pode ser o que me chamam. Etérea, sou eu. O nome que chamam em uso constante é Geo. Sou terra adubada e em mim tudo brota. Não vejo do contrário, mas pelo avesso. Porque chique é ser inteligente. E agora não estou mais com medo. Eu estou mais com Pedro, que com medo. Deus me livre de ter medo agora. E se bem junto da porta está São Pedro...bem no fundo do mundo, está o medo do fim de tudo. E se houve, de novo pode haver panis et circensis, no fim do mundo. E a minha vontade é de todo o mundo, do mundo inteiro, ao fim do mundo. E se eu me despeço agora, no fim de tudo, é porque não tenho medo do que eu sou agora.

De onde eu vim o tempo corre lento. Na verdade, é. E tudo carece de pressa, antecipa a poeira da estrada. Esta é a imagem que acalenta meu espírito: as retas incompletas que pontuam a estrada. Tudo é incompleto e interrumpto. E se houve "Novos Baianos", há novos manos. Há poeira cósmica em tudo o que penso. E se realiza é porque houve impulso e certeza. E não há sangue pulsando que encontre seu lugar em veias frágeis quando o endereço certo não é o plexo do peito de Pedro com medo. É perigoso saber de tudo e assim eu morro cedo. Não é Amor se não for confuso e incerto. Não é amizade se for difuso e certo. Não cego, nunca mais perco o meu ponto de vista: livre e novo. Arrebatado, solto no espaço, de ponto perdido no Cosmos. E neste jardim psicodélico, sou Ninfa. Tenho medo de Dragão, mas isso não é tudo. Há mais o que investigar entre o céu e a terra. Há mais mistérios e toda essa filosofia fã me cansa. Fadigo, e não digo o que penso para não partir e soltar partículas de mim.

Há luz. Eu vejo o fim do túnel, depois do fim do mundo. O reino de seres que essa Terra libertarão. O inventário é teu, o inventivo espírito céu é meu e teu. No ponto em que são, do alto do céu, no canto do chão. A música não espera. Encontra em becos escuros e frequência não autorizada o seu rumo, sua estrada. Como num sonho, a voz entra em casas, barracos, botecos, fiteiros, ruas, vielas estreitas e chega até o fim do mundo do coração dos que ouvem e preenchem o dia morto, o canto de chão. Sei não, mas ninguém pode freiar um carro em alta velocidade com um simples puxão. Sei não. Funciona mudar a marcha em alta velocidade? estoura a caixa, dos peitos, da marcha. Ré ? Não reconhece! Ele nem sabe que existe ao tocar o Blues. Disse e tomei nota: são três notas...

Se ouço ainda alguma cítara no ar, é puro reflexo, como era meu sorriso, no meu período tão sem nexo. E se sempre foram dois navegantes sóis ao pôr - do - sol, andando lado a lado, no mesmo barco e mesmo mar... Marco Polo nos guia pelo roteiro das cidades que descobres e contarás em detalhes pra mim. Deslizarei feito melodia. Suave sou, suave sempre serei. Eu não nasci para ser som, nasci ao morrer a luz do dia. E se também foi assim com você é pura circunstância do destino, estarmos aprendendo juntos a morrer um pouco mais a cada dia. Não é objeto vivo, não é desejo morto, não é segredo torto, não é suspeita feita, ou história que deleita corações vazios de paixão. É. Hoje serei toda ouvidos e canto de baleia, até me desfazer em espumas remetidas às areias vermelhas por um mar histérico por uma bola de fogo e um céu aberto.

Já fui jogada ao vento, já sou folha solta e outono de um amarelo triste. Perdi o verso num verão romântico e tudo o que sei é que ninguém se liga no mar. No seu reino, ninguém se liga no mar...quer loucura mais triste que viver sem a busca de ser feliz? Sem sequer pensar em ver o mar ? Abstrair do pequeno Universo o mar ?
Já no meu reino real, o mar brota de mim. O tanto de bruma que entra pelas brechas de espaços abertos, logo denunciam o jeito de ser feliz e ânsia física de felicidade, dia e noite, noite e dia. Em dia branco, em noite escura. Em todas as cores e mesmo na ausência de todas. Meu modo é da cor da felicidade. Estou de acordo, com o ser feliz. Pronto e ponto. No outro blog!

Monday, August 07, 2006


Do you believe in a way of love which requires atencion?
Can I say that? Translate the tension..."it couldn't be read":
Try! listening to me
Observing me
Are you feeling my vibration
Like a "felino", holding my wrist and when you lay down my breast

I can't breath
I can't live like that
I can't say anything

My only right is to be quiet
In silence

I can't breath
I can't live like that
I can't caress my cat's hair

My only right is to be quiet
In doubt

I was a grimalkin
A Cinderella
Now, as a kitten (don't believe I'm a Kitty)
I creep out of the front door
Instead a burnt child dreads the fire
Absent minded said once to you
"I'm miles from house"
Still also distracted and cheated
With a cat tough
Betting im my seven lives
I forget that at night all cats are grey
neither orange or black
like you are

So I take you to the clothes basket
And hide us with our struts rolled up
out side the clothes basket

It's all I tryed hard
I fighted against with all my heart
You're are a longfelt
Now, I have to give my best
And don't lack me courage
Instead what I write and said

Althoug near you

I can't breath
I can't live as always
I can't say anything

My only right is to be quiet
In silence

I can't breath
I can't live as always
I can't caress my cat's hair

My only right is to be quiet
Don't move!

Tuesday, August 01, 2006



By Madeleine Peyroux to a friend:

Dance me to your beaty with a burning violin
Dance me through the panic til Im gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Olh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
Were both of us beneath our love, were both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till Im gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the eeeeend, of Looooooooooove!

(Dance my friend! keep on dancing. And make me happy and rocked in hopes)