Lugar da delicadeza com o outro e com a própria Liberdade.

Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz

Sunday, May 11, 2008

Algumas escolhas são da natureza do humano. Não passam pelas necessidades ou vicissitudes. O destino se constrói assim. Instintivamente. Não há, de fato, "um escrito nas estrelas". Elas aí, são neurônios, conceitos, preceitos e preconceitos. E é a natureza de cada ser humano que vai determinar, ou conduzir a vida. Definir as escolhas, as decisões. O rumo a ser tomado.

É assim que se diz, um dia atrás do outro, a mentira é completa. A paciência é um erro, só não supera em sua estupidez a tolerância. Com a petulência de imaginar que não as as naturezas - seja de constância ou acomodação - que tentam deter o futuro, que é hoje, é agora! É Deus ou o que quer que seja quando se parte de um tiro no escuro.

Tira daqui, bota ali e até que alguém por si mesmo ou por nada decide: "Deixa o Zé Pereira ficar". Afinal, guerreiros com guerreiros fazem zig-zig-zá. Alguém sempre perde no final. E, sendo assim, alguém sempre ganha. O bom é pensar que ambos perdem e ganham. Como ambos são "culpados" ou "responsáveis" por tudo. E o que se ganha e se perde num "jogo" desses vai depender (de novo!) da natureza de cada um. Daquilo que um e outro dão valor. Outros não dão a mínima importância, é verdade... Esses são os melhores. Os que estão no time dos mais fortes.

Tomado pela idéia de não perceber quem está segurando a pedrinha no jogo do vai-e-vem, do toma-lá-da-cá, ganha-se uma "constância" surda. Em parte até cega. Além do que, não muda. Um falso equilíbrio e nenhuma noção dos fatos. Da existência de cada um. Dos atrasos atribuídos ao relógio ou do "pouco tempo" - o tempo é uma constante, ora essa. Nem pouco nem muito. Simplesmente, é.

Dos passados e frustações que guardam e que não estavam ao seu alcance. Das histórias construídas sem noção. Quiçá alguma necessária consciência! Burrinhas, burrinhas... Por que? Porque não tinha muito o que fazer. Ou não se deu para fazer o que tinha e tinha mesmo o descuido consigo mesma de perder tempo e dinheiro. E se perder da própria essência. Da necessidade das coisas. O valor - tão caro! - de viver no exato instante e não num tempo abstrato. Afinal, quem guia?

Saber achar a saída é mistério de fácil e difícil resolução. Fácil porque são muitas as fragilidades e demolições. Buracos há muitos no muro. Perceber que está destruindo a própria vida não é tão enigmático assim. E qualquer uma dessas brechas vai servir para encerrar o caso. De preferência que seja a primeira de todas as tolices. Parar desde o início é um bom começo. Um excelente movimento!

O difícil é vencer a natureza... dessa vez da inércia. Sua própria natureza estranhamente escrava de Jó. Dos conceitos e preconceitos indissolúveis de que está cercada. Todos tão difíceis de partir. "Mais que um átomo". Albert Einstein. Vale, no final, o zá. Como diria Luis Fernando Veríssimo: "rico tem mania de pensar que pobre é burro!". Nada disso é orgânico. É tudo fisiológico...

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