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Sunday, September 10, 2006


Os horizontes de Roma se expandiram a partir do final do século XVI. Tornaram - se enormes. As fronteiras do Império incluiam não apenas Roma, Grécia e Egito, mas também boa parte das terras de cultura oriental que os ocidentais sequer tinham algum conhecimento antes das viagens de Marco Polo. Muito antes tudo era a China.

Desde 1540, os missionários Jesuítas tentaram converter japoneses e chineses em cristãos. Como parte da contra - reforma para "devolver o mundo a Roma". A missão japonesa sucumbiu rapidamente. Mas a Chinesa progrediu desde que Mateoo Ricci, recebido pelo Imperador em seu palácio, aprendeu a língua (o mandarim) e dominou os fundamentos dos textos de Confúcio. Mostrando aos chineses a "superioridade" dos ocidentais. Para tanto, usando como prova os estudos da cartografia e astronomia. A missão prosperou por um bom tempo.

A partir desse momento, Padre Ricci começou a usar outros meios. Tornou-se escritor. LivroS bem recebidos entre os chinese. Como por exemplo, As Vinte Cinco Palavras e Os paradoxos. De todos o que mais chamou atenção foi Tíen-chu-she-i (A verdadeira doutrina de Deus). Espécie de catecismo já publicado anos atrás, revisto, enriquecido e que falava de Deus, da criação, da imortalidade da alma e do prêmio ou castigo final. O toque de gênio de Ricci foi ter apresentado, além de muitas citações de autores cristãos, citações também de autores chineses, especialmente antigos. Aumentando a confiabilidade do livro e sua aceitação entre os leitores chineses.

"Em pouco tempo, o livro tornou-se o manual de muitos missionários e teve muita influência na primeira evangelização da China. A obra impressionou tanto que, mesmo cem anos depois, o imperador K´ang-hi, em 1692, mandou proclamar um edito em que se autorizava a pregação do Evangelho em todo o império".

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