Fernando fechou a porta da casa. Ficou feliz por rever Renata. Conheceu-a num Reveillon. Na casa de praia em Parati de uma amiga da época da Escola. Estela era o nome dela. Estela tinha um irmão mais novo. O nome dele era Caio. Cabiam numa mão as qualidades de Caio: era o caçula, metido a capeta, cabra cabreiro, estilo caveirinha e cabeça dura feita cascalho. Caio caiu num buraco. Do buraco em que estava Caio pensava. Na época em que passava essas temporadas na casa da praia. Lembrou que nunca mais encontrara as melhores amigas da irmã Estela. Caio caiu de amores por uma delas. Do buraco onde estava, Caio caído de amores como há anos atrás lembrou dos cabelos dourados daquela amiga de Estela. Às vezes, a memória brincava de apagar o nome dela. Mas do buraco onde estava Caiu soltou alucinado, o apelo que lhe apertara por tantos anos o peito, qual um urso urrando, soltou o grito: Cadê Denise?
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