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Sunday, April 10, 2011

O que fazer com a liberdade?

“A realidade é uma ficção criada pela falta de utopia”.
 Madame de Duras
 
 
Recriar a realidade a partir de uma utopia. Sem a aura perdida desde o início do período da reprodutividade. Uma vez que o futuro previsto é inegavelmente feito agora, bit a bit. Na conexão entre fluências de todas as épocas no exato instante em que teclo. Por bytes e bytes. Não mais anos e anos.
 
 
Como a militância pode fazer crer que estejamos construindo o novo se o âmbito ainda é restrito? E o que é consumido como nova informação ou conceito formativo ainda é delimitado por pensamentos felozmente e superficialmente – além de artificialmente – construídos?

Conectar com a arte e a parte da informação relevante de um fato não é tarefa simples. É preciso bem formar o ser humano e desconectá-lo vez por outra da sua rotina. Causar nele um efeito de novas dinâmicas para promover novas formas de pensar e olhar um fato ou um conceito. Caso contrário estará tudo condicionado ao compromisso de cumprir a missão de forma artificial ou imparcial. Falo de arte e comunicação.

O que é possível criar de relações com o que se resolve de imediato sem promover novas relações? Transposição de informações envolvendo sentimentos ou não envolvendo. O medo, a solidão, a falta de percepção, o imediatismo, as desconexões e a fluidez do amor que como água fica cada vez mais escassa no mundo atual. Tudo isso precisa ser desmembrado e revisto em coesão.

Como no mito do Rei Carlos Magno e a paixão dele pela donzela alemã. No advento da morte da mulher divina, e seu anel atirado no lago, o soberado apaixona-se pelo lago. E põe-se a admirá-lo. Buscar as relações e reconstruí-las com seus significados e não com simplificações. Imediatismos. Isso tudo foi para falar do desejo de descobrir: 

O que fazer com a liberdade?

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