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Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz

Monday, April 11, 2011

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Perdoo - me a péssima literatura que tenho produzido. Desculpo – me todas as asneiras que digo solta das amarras, pelo álcool. O mito está criado. A coisa tem nome e sobrenome. Eu encaixo como acorde sustenido. Por que ficar ao lado de outro? Por que, de princípio, existe um prazer, uma agradável sensação de calma e paz com a presença do outro e com o passar do tempo, ou dos episódios, não parece mais tão oportuno assim?


Bem estar! Nisso mora todo o segredo. Habita todo o mistério. Assim é de incontestável beleza. É preciso sentir, muito. Sentir de imediato para não ressentir depois. A coisa está no instante dos fatos. Não há o outro lado. O outro dia triste, o depois. Existe o instante vivo e luminoso. Sinais para que seja cumprido o desejo. Da vontade de ser pego. Nem precisa prova ou evidência, não é mais do que o que já foi dito.

Amor  puro, fresco, latente e de deixar lassa é uma mistura de uma química de décadas e de atitude! Genética: história impressa em retinas e códigos do genoma, impulsos domados pelo raciocínio rápido e pelo desejo. Como no balé da águia no céu azul e imenso. O prazer do vôo, a anatomia favorável, asas e olhar treinado. A exata e precisa calma de um caçador experiente que aprendeu a matar a fome, que precisa existir. Dor, fome, dúvida. Do outro lado: Prazer, Sabedoria e é. Amor se faz descrendo. Afirma - se na incerteza dos fatos.
No limite da configuração da dúvida. Prazer é uma parte incontestável do processo de consolidação do desejo, da configuração do amor. Existem os livros então, senão, tudo se perderia no espaço findo da matéria e do esquecimento, na limitação cômoda do humano que quando se forma ou sente um prazer cômodo, pára e interrompe o processo. Existe busca e troca. Porque se num ser é findo, no outro continua de outro modo. Memorável e infinito. Pelos códigos e pelo caminho do outro. É seguro. E há o orgulho, a blasfêmia, a arrogância, o cínico mérito posto que desfaz do futuro em divulgação do passado.

A coisa estará ali para sempre tanto quanto mais for dita e visitada. E é preciso muita dúvida, muito impulso de busca para continuar elaborando e estar em mais mistério de desmembramento alumbramento revelação do novo. É preciso uma falta, um defeito disso, formado assim, preparado para o que é posto para que se continue buscando em mistério e imagens e sentimentos confusos nos limites dos fatos a nova passagem e compor.
Ultrapassar sem tanta carga e, de fato, precavido não pode deixar do outro lado o justo sentimento, ou pensamento, ou lembrança que encaixa. Daqui, desse estreito caminho por onde passamos juntos agora está muito além e distante a palavra que motivou a busca, o nome da coisa, o sentimento mais semelhante encontrado entre as cordas do músculo e as medidas aceleradas do pulso, de pupilas que dilatam, sem recurso caro e de pó branco.
Amor assim vai virando um sólido bloco de valores culturais de coisa feita, comprada, erguida e polida pelos mais corajosos. Há aqueles que não movem uma filigrana sequer de si mesmos diante do lugar onde haveria susto ou incômodo, incompreensão. Onde haveria medo. Não. Não onde há a força sem nome da lembrança do instinto mais primitivo e leal ao bem estar de si mesmo. A cumplicidade com o outro gera tudo que a ciência já resolve e explica: boa genética. Mais cumplicidade. Um ser novo em harmonia. Consigo mesmo constrói melhor.

Assim há um e é possível então haver outro e então, por motivos e sentidos outros, existirem dois. Uma para uma em séculos de construção. E por que se fragmentam, então? Por que há a ruptura do que poderia estar ali e cada vez mais cheio e sólido e no caminho certo das descobertas elucidadas e incorporadas ao modo, jeito, gestos, trejeitos? Por que no ambiente da certeza vão se sucedendo desencontros e o não querer substitui o desejo inicial que movia a coisa?

O "it", Clarice! Por que no instante em que está mais afeito e adestrado o humano, a raiva e a intolerância e a dúvida racham e fatiam o que estava a pleno vigor de movimento aos saltos e cambalhotas e peripécias alegres de seres completos em seus rastros felizes de lembranças dormentes? Por que lágrimas estão sempre presentes no limite da dor? Água e sal produzidos pelo perfeito mecanismo de organismos vivos do imperfeito humano. Por que a pergunta se responde em vazios que a afirmação não preenche nem ocupa? De onde vêem e para onde vão os sinais e encontros falidos? Falhados?

Em que dose é possível suportar e assistir a busca, desacompanhado e fingindo de quem acaso se casou e dedicou ao outro o que é somente da pessoa. Eu caio novamente na corrente de uma literatura de mau gosto e superfície plana sem apreensão de sons ou fatos. Apenas mito, que sobrevive à custa dos desejos contidos e dos planos infantis guardados em mentes buliçosas e que se colocam no limite, ali pertinho do vale disposto a devorar o vazio, à exceção do que era seu. Há em forma a abundância do querer contido no colo e nas costas. Para as que são guiadas pela Lua e pelos que pressentem diuturnamente o sol em seus ombros frágeis. Fazendo deles cada vez mais largos. Costas, com melhores formas. Vão sendo inventadas pelo divino e conseqüente movimento de absolvição de informações valorosas e amalgamáveis pelos genomas tornados códigos genéticos ao longo de muitos e muitos anos.

Costas e pupilas. Está ali o segredo contido no coração deles. Costas e mãos e olhos. Em noites de histórias e músicas suaves sopradas aos ouvidos. Mexidos em algodão de um doce girar, mexendo na percepção fina de sentidos ativada num jeito de adivinhar. Entrar em contato com esse fluxo torna tão viva a hora do dia que o passar de um lado para o outro do globo fica suave com o olhar certo. Porque é preciso que continue quando o desejo é mais sereno e calmo. É necessário ir de um a outro como quem constrói a partir de metades, o primeiro passo. A verdade que é esse conceito relativo e múltiplo muitas vezes deixa ver o que um desejo maior calcula, imprime.

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