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Thursday, March 08, 2012


Olhar contemporâneo

Responda, sem pensar, quais as três primeiras coisas que você, mulher, enxerga assim que desperta?  Aposto que tem um despertador na lista no lugar da antiga resposta “meu marido”. Arrisco dizer que, na maioria dos casos, a mulher enxerga a hora, em seguida vem o celular e a xícara de café! Porque, à exceção daquela que acabou de parir, invariavelmente despertado pela necessidade de alimentar o recém - nascido, as mulheres de hoje são despertas por elas mesmas.

             Não há figuras masculinas ao lado na cama, pelo menos em mais da metade dos lares brasileiros, comandados por mulheres “solteiras”. Na melhor das hipóteses, adormecem eventualmente ao lado do amante, mas elas estão sozinhas na cama, na devastadora maioria dos dias do calendário. O que não significa dizer que a casa não esteja povoada de avós, pais, filhos, outros parentes ou colegas que racham o custos do apê.  Surpreendeu? Dá uma olhada!

Olhar contemporâneo é isso: abrir o jornal, dar uma olhada nas manchetes e chegar a mesma conclusão: é. O mundo mudou. Somente para este ano de 2012, os que estimam o consumo, anunciaram que pelo menos 717 bilhões serão oriundos da riqueza feminina. Mulheres economicamente ativas vão deixar essa montanha de notinhas nos caixas.

O que significa aumento de mais de três por cento em relação ao ano de 2011, quando elas fizeram circular cerca de 693 bilhões. Acredito que a conta inclui compras da “nova mulher”, como travestis e gays que assumem a despesa com produtos antes chamados “femininos”. E vice e versa.

Como “todo amor é uma forma de comparação”, já dizia Guimarães Rosa, os economistas não contentam: Quanto isso representa em relação ao consumo dos homens? Desleal. Elas venceram. Score elevado de 67% contra 40% de consumo masculino. Como mulheres da classe C representam metade da população brasileira é possível deduzir destinação do dinheiro.

Assinale aí: Supermercado (comida e bebida!), Serviços (água e luz, condomínio, aluguel, operadoras de telefonia, internet, canais por assinatura), escola, remédios, livrarias e papelarias, também mercearias, fiteiros, bares, botecos, lojas de tecidos, armarinhos, roupas, lingeries, cosméticos, higiene pessoal, salões de beleza. E, por outro lado, certamente também posto de gasolina, manutenção do carro, lojas de ferragens e material de construção.

O resumo da ópera: Elas e eles mudaram e estão pagando outras contas. Mas, pela primeira vez, a parte maior foi paga por elas, que ainda recebem menores salários? Por quê mesmo?

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