Dir-se-ia teu olhar coberto de uma bruma;
Teu olhar misterioso (é azul, verde ou se esfuma?)
Ás vezes terno e sonhador, às vezes cruel,
Reflete a palidez e a indolência do céu
Lembras os dias brancos, mornos e velados,
Que em prantos põem os corações enfeitiçados,
Quando, despertos por uma torção desconhecida,
Os nervos tensos zombam da alma adormecida.
Não raro imitas essas cores vaporosas
Que fulguram aos sóis das estações brumosas...
Como resplendes, horizonte assim molhado
Quando a flama do sol aquece o céu nublado!
Ó mulher perigosa, ó climas sedutores!
Hei de adorar a tua neve e os teus rigores?
E como arrancarei do inverno em que me enterro
Mais agudo prazer que os do gelo e do ferro
(versos de Baudelaire me fazem imaginar o diálogo que teria com Martha Medeiros... Tão gata em teto - fresco - de zinco. Aliás, são metais aqueles que com suas composições têm me ocupado...)
Teu olhar misterioso (é azul, verde ou se esfuma?)
Ás vezes terno e sonhador, às vezes cruel,
Reflete a palidez e a indolência do céu
Lembras os dias brancos, mornos e velados,
Que em prantos põem os corações enfeitiçados,
Quando, despertos por uma torção desconhecida,
Os nervos tensos zombam da alma adormecida.
Não raro imitas essas cores vaporosas
Que fulguram aos sóis das estações brumosas...
Como resplendes, horizonte assim molhado
Quando a flama do sol aquece o céu nublado!
Ó mulher perigosa, ó climas sedutores!
Hei de adorar a tua neve e os teus rigores?
E como arrancarei do inverno em que me enterro
Mais agudo prazer que os do gelo e do ferro
(versos de Baudelaire me fazem imaginar o diálogo que teria com Martha Medeiros... Tão gata em teto - fresco - de zinco. Aliás, são metais aqueles que com suas composições têm me ocupado...)
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