Meu pensamento é o pior dos ditadores.
Apego a uma ideia e não largo.
Um outro eu escreveu
Sem dores
Sinto que ontem traí. A mim mesma. É por isso. Hoje quero escrever reto e rápido como numa highway. Não quero mais curvas nem contornos. Porque sofro deslize. Talvez estivesse nas nuvens. Ou num aquário.Falando estranho debaixo d'água. Agora lamento pôr a roda no chão. Ou no plural da máquina. Não quis - de novo - fazer sentido porque já não fiz. E disso eu sei. Quero algo novo e meto sempre o nariz. Acredito mais numa invenção que em meus sentidos. Melhor uma mentira porque é a única certeza. Grande assim, onde a curiosidade leva. Contei seis meses de espera. Quase sete. Dura, insana, aí amalgamou em mim tua espera. Essa esfera gira tão rápido. Não é somente a pressa à idade leva?
Truques e trucks.
Vi tudo junto e
Misturei sonhos.
E não. Mas não via mais nada diante do mesmo nariz, só madrugadas, só sonhos. Até ouvir a caixinha de músicas. Portal da caixa de som. Porque sim. Porque que quis uma vida nova e perdi. Fiquei com um fato novo. Nem é tão triste assim. Conto noites como gomos. Da mesma redonda laranja que plantei, reguei, comi Afinal, aqui na América do Sul se come laranjas na estrada. É doce e hidrata. Como negar quando é bom. É só porque Amor sempre maltrata e talvez aguente sofrer mais um pouquinho. Mas se eu conseguir esquecer estarei emborrachando tudo e me esborrachando também. Do que me lembro, foi assim...
Queria dizer com fatos. Não das sensações. Era uma vez um gato. Alto. Voltou de onde veio sem mim lhão. Talvez me faltem palavras. Talvez seja eu mesma uma coisa abstrata. Vou contar carneirinhos e torná-los leões.
Vou tentar novamente: A espera da gente não é por um conto de fadas. Não é porque sou uma chata. É porque preciso ouvir a palavra "novamente"... Rimar com contente. E continuar dormente a sentir somente o que meu senhor ditador quer. Um blues. Alguém aumente. Não quis confundir. Quis dizer que o pior de todos sempre foi a minha mente.
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