Lugar da delicadeza com o outro e com a própria Liberdade.

Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz

Sunday, August 28, 2011

Querido Sonja,

Escrevo para dispersar minha tensão. Nesse momento, meu pensamento dá voltas como o carro em que estava. Fico pensando em outro modo de esquecer a situação vivida na tarde de hoje, mas não, ainda não descobri qual seria ... Talvez você possa sugerir algum caminho alternativo, que não seja cansativo. Responda rápido, terno Sonja, por favor.

O que você diria se chegasse a uma cidade e entrasse num desses táxis de aeroporto e ele te levasse para a pousada errada? Imagine como fica isso em tempos de Google Maps, GPS em todo e qualquer veículo, roteadores e wi-fi's em todo e qualquer ponto dessa mesma cidade!

Consegue visualizar a terrível sensação de que não fora possível para qualquer cidadão, por mais desarticulado, fazer ideia da localização daquela pousada? Com blog, endereço, fone e localização visíveis na Internet.

Você que me chega, de um outro Estado da Geórgia, passa o endereço ao taxista, lotado no aeroporto cobrando mais por um atendimento supostamente qualificado porque direcionado a turistas, e que acaba dirigindo até um lugar completamente diferente daquele onde te esperavam. Lugar onde fizera reservas antecidapada para esse encontro tão aguardado e, por tanto tempo, adiado! O que você diria dessa cidade?

E, se por um desses acasos, você tem parentes, gente conhecida, e se até estes seus salvadores da pátria encontrassem dificuldade para encontrar o lugar? Não por nada, apenas por demasiadas informações truncadas repassadas sobre o nome da rua: Amaro ou Amália Bernardino de Souza? "Que eu saiba é Padre Bernardinho de Souza...", completa o solícito frentista.

É isso Sonja, Bem vindo ao Recife. Peço, se possível, espero que não o aborreça a náusea que sinto ao transitar por essas ruas que mal conheço, e que os moradores do bairro parecem desconhecer tanto quanto eu. Desculpe incomodá-lo com meu inevitável desconforto diante de tal situação. Grata, por outro, lado, meu eterno amigo Sonja. Antes de começar a escrever, minha azia já ia e vinha.

2 comments:

Jeferson Cardoso said...

Olá Geórgia!
Não há remédio melhor do que o desabafar.
Tenha uma excelente semana!

Quero lhe convidar para que leia ‘O casamento de Paulo Cesar’ no http://jefhcardoso.blogspot.com/

“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)

Geórgia Alves said...

Grata Jeferson. São tantos os motivos para a escrita. Esse é um dos melhores. Alivia.