"ISTO NÃO É UM LAMENTO, é um grito de ave de rapina. Irisada e intranqüila. O beijo no rosto morto. Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos.
De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é."
Um sopro de Vida. Pag. 13
Tudo é apenas e somente o que de fato e, muito no íntimo, é. Não adianta querer mudar a natureza das coisas...muito menos das pessoas. Transformações existem quando se soma um elemento a outro. Uma substância a outra, ou outras. É possível calcular riscos? É possível mensurar ou quantificar o movimento? O que é, é o que de fato existe e sempre existiu. Não há desengano maior para a morte que imaginar a ausência de vida na própria vida. Clarice teve certeza que sim. Com olhos agudos e um sorriso de complacência. Junto - me aos que crêem. Silenciosamente,
2 comments:
No conocía estas fotos de Clarice. Bellísima, siempre bellísima.
Gracias por mostrarlas!
Feliz por apreciares, Gabriela.
Minha a alegria,
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