"CLARICE RI"
O ano começa com alegria grande, ainda sem nome... O título do artigo assinado pela editora da revista ENTRELIVROS, Josélia Aguiar, me faz tremer de riso vindo lá de dentro. Que alegria! Sim, Clarice não só em sua "Felicidade Clandestina" mostrou inteiro espírito a celebrar amor pelo humano (como pelo livro) como afirmaria Ângela Pralini diria sem prisão do verbo "Eu era uma mulher feliz. Tão rica que nem precisava mais viver. Vivia de graça". (Lispector, Clarice. UM SOPRO DE VIDA, pag. 51)
O flagrante em foto na edição ainda não publicada de Nádia Battela Gotlib é de um sorrir ainda puro. E ria. Minha cara e terna Clarice ria com simplicidade sim. E a revista mostra. Publica. Eu imprimo. Reproduzo aqui. De volta passos para a feliz caminhada. De novo, fatos que me conduzem à busca, que não pára também em mim. Sim.
A Filosofia pode auxiliar. Sêneca, Epicuro, Zenão, Demócrito, Demóstenes, Montaigne.
Num sopro de vida, Clarice relata em desprezo pela morte, a vontade de permanecer viva. Em oração decreta "que a paz esteja entre nós, entre vós e entre mim. Estou caindo no discurso? que me perdoem os fiéis do templo: eu escrevo e assim me livro de mim e posso então descansar".
A bravura diante da morte! Sentenciaria Sêneca (4 a.C. - 65 d.C.)
Eu celebro, em silêncio de mim mesma, escrevo soltando o grito.