Passarinho e passarão
Uma réstia de sol
Entre os sombreiros
Corpo envolto solteiro
Rede de cor de abóbora
Ela esquecida da hora..
Protegia olhos claros castanhos
Ainda em avesso torpor estranho
Por entre fios espessos trançado farto
Espiava a balançar para folhas e galhos
Numa tarde mansa que desfilava calma
Naquele canto, em seu estado de alma
O vento batia aqui e ali enquanto escutava
Tilintar dos mensageiros, de nome tão meigo
E a tarde, então, se cumpria assim: Vazia.
Agora há pouco tecera um balanço
De cordas brancas e madeiras fininhas
Há instantes estava a paginar o calendário
Contando doze dias do início do ano.
Foi neste momento que ouviu
A cantoria das avezinhas do lugar
Dois passarinhos: um bem-te-vi e um sabiá
Um deles de lá dizia:
Estou daquì a te espiar...
Ao que o outro respondia:
Eu bem sabia! Eu bem sabia!
Uma réstia de sol
Entre os sombreiros
Corpo envolto solteiro
Rede de cor de abóbora
Ela esquecida da hora..
Protegia olhos claros castanhos
Ainda em avesso torpor estranho
Por entre fios espessos trançado farto
Espiava a balançar para folhas e galhos
Numa tarde mansa que desfilava calma
Naquele canto, em seu estado de alma
O vento batia aqui e ali enquanto escutava
Tilintar dos mensageiros, de nome tão meigo
E a tarde, então, se cumpria assim: Vazia.
Agora há pouco tecera um balanço
De cordas brancas e madeiras fininhas
Há instantes estava a paginar o calendário
Contando doze dias do início do ano.
Foi neste momento que ouviu
A cantoria das avezinhas do lugar
Dois passarinhos: um bem-te-vi e um sabiá
Um deles de lá dizia:
Estou daquì a te espiar...
Ao que o outro respondia:
Eu bem sabia! Eu bem sabia!