Lugar da delicadeza com o outro e com a própria Liberdade.
Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz
Tuesday, September 08, 2009
Saturday, September 05, 2009
Alturas: numa tarde de completo encanto consegue de mim tanto. Mesmo quanto sinto, apreendo mais do que deveria. É que absorvo naturalmente. Identifico, afinal, um desejo meu. Não importa se tanto amor me leva algum pranto. Vou indo sem medo. Tua música única é a minha também e me põe a palmos de chão. Nas alturas! Mais perto do céu. Longe do não. Amor de medida rara. Sem vírgulas. É azul e está na cara. Sou ponto tão exclamativo ao teu lado. Sinto amizade. Um bem querer para sempre.
Desenho nesse escuro, discorro há horas. Nenhuma palavra é completa para dizer do meu intenso prazer em revelar esse fluxo... Quero escrever até enquanto rezo. E prezo porque não publico. Revejo teus beijos à porta da minha casa. Eles voltam e fixam-se em halo. Não deixaria você ir não fosse “está na hora de dormir”. Passaria a noite naquele mesmo abraço contigo. Fez-me existir. Teu perfume meu elixir. Tua ternura de amigo meu encarecido abrigo.
L&G.
Você, daí de tão longe, devolve em mim uma natureza viva e perdida. Como a terra devolvesse a si mesma o ar puro de antes, muito antes daqui... Vale de água limpa e campo verde em tarde cristalina. Porque há uma sinceridade real no silêncio. E há flores por vir. Uma floresta antiga de raízes profundas e tênues como uma teia. Você me devolve a mim mesma.
É improvável esperar qualquer tempo sem ouvir tua voz ou ver teus olhos. Contigo a noite não chega e é terno o dia. Não tenho medo. Habituo-me à luz que não se apaga. Nem para uma penumbra de quarto e de cores. Querer teu corpo ao lado do meu é perceber-me assim! Por mim apaixonada. Você faz isso comigo? É pergunta de amigo...
Sim. Gene como a própria fé. Zen como meu espírito. Percebo tanta fé em mim que não adormeço revendo teus beijos. Meus olhos brilham em faíscas ao pousar em você. É um pouso... Como uma criança diante da alegria de saber tocar um instrumento. Quase dissolvo. Brilho feita em duas moléculas. Viro água e escorro. Derreto como as asas de Ícaro em proximidade improvável do Sol. Sem qualquer máscara ou disfarce, minha tensão escapa entre os dedos e não faço mais segredo. Foi longa a espera.
Penso em você como quem tece uma manta de fios perfeitos. E se escrevo é porque explodo de alegria quando dedicas horas do dia e da noite a me provocar efeitos. Reencontro a tua gola de camisa azul clarinho nas alturas, os dedos compridos tão conhecidos. Decorei tudo. Cada detalhe. Tua boca e lábios em minha direção. Meu amor por você me leva às alturas e vou. Deixo ir. Encontro de corpos celestes. Força de atração que construiu em mim a trajetória elíptica. E quanto mais distância alcança o meu olhar, enxergo o que fui. Anos luz de história descrita no espaço. Aproximo momento de explosão criadora do universo.
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