Prezado Calvino,
Gostaria de correr à janela e gritar: Mas Rambaldo não seria mesmo ele. Não rezaria como "as mulheres pobres e piedosas, para pagar seus pecados!". Faria como Bradamante:
"- Sim, Rambaldo, aqui estou, espere-me, tinha certeza de que você viria, já estou descendo, partiremos juntos!"
...
"Sim, livro. A irmã Teodora, que narrava esta história, e a guerreira Bradamante são a mesma pessoa. Um tanto galopo pelos campos de guerra entre duelos e amores, outro tanto me encerro nos conventos, meditando e escrevendo as histórias que me ocorrem, para tentar entendê-las. Quando vim me trancar aqui estava desesperada de amor por Agilulfo, agora queimo pelo jovem e apaixonado Rambaldo."
...
"Quais fumaças de devastações dos castelos e dos jardins que amava? Quais imprevistas idades de ouro prepara, você, malgovernado, você, precursor de tesouros que custam muito caro, você, meu reino a ser conquistado, futuro..."
Futuro.
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