"Angel talvez seja o filme de Ozon onde suas raízes maneiristas fiquem mais evidentes. É um filme aberto, corajoso ao se arriscar em ser tão franco em sua proposta. Se O Amor em Cinco Tempos era inteiro a construção daquela imagem, Angel é todo essa imagem."
Guilherme Martins (http://www.contracampo.com.br/89/mostraangel.htm).
"O mínimo que se pode dizer de Ozon é que ele foi audacioso quando decidiu nos mostrar a história de Angel (a linda Romola Garai, de "Scoop: O Grande Furo") pela ótica da própria personagem. Isso porque ela é uma jovem interiorana na Inglaterra do final do século 19. Uma ingênua, mas determinada a ser uma escritora famosa. Dona de uma imaginação frutífera, Angel vomita histórias melodramáticas e floridas como quem respira. É consciente e convicta de seu talento, e age de forma arrogante sem aliviar no maltrato com quem se mostra provinciano. Na realidade, ela é dura com aqueles que tentam trazer um pouco da realidade do mundo para dentro do seu universo particular de conto de fadas.
Luiz Joaquim (http://www.cinemaescrito.com/index.php?cod=410)
"Angelica Deverall (Romola Garai) é uma adolescente mimada, com imaginação fértil e vocação para escrever romances açucarados. Em pouco tempo, ela se torna a autora mais famosa da Inglaterra, fica milionária e se casa com um atormentado pintor (Michael Fassbender). Mas sua vida se transforma em tragédia quando seu casamento entra em crise e seus livros saem de moda. Ao adaptar "Angel" (1957), o romance satírico de Elizabeth Taylor (a escritora, não a atriz), François Ozon conseguiu fazer um filme que se parece com um melodrama antiquado e, ao mesmo tempo, é absolutamente contemporâneo, todo recoberto por uma pátina de ironia."
Rafael Dias (http://www.revistaogrito.com/page/07/03/2008/francois-ozon/)
Ricardo Calil (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u379435.shtml)
"O fato de cruzar o Canal da Mancha é só uma metáfora (real) de como este diretor, com estilo autoral perspicaz, vem pavimentando, agora de vez, seu nome além das xenófobas trincheiras francesas. Mais maduro e, claro, mais velho, mantendo-se jovem (acabou de cravar 40 anos, referência etária que, para o mundo do cinema, assim como na literatura, não quer dizer nada, apenas puerilidade), Ozon segue seu próprio caminho, sem pressa, numa trajetória parecida com a do seu colega de divisa, o espanhol Pedro Almodóvar. Mais refinado e precavido, mas nem por isso menos transbordante, assina um cinema audaz e avesso a fórmulas de estilo e forma, melhor a cada ano que passa, como um bom vinho de terroir suave e tanino marcante. No limiar do exagero barroco e da delicadeza."
1 comment:
Hola! Já tinha lido a respeito, e esse belo recorte de críticas me fez ficar ainda com mais vontade de ver o filme.
Vi "Amor em 5 tempos" recentemente. Adorável.
Passo, aprendo e deixo um beijo.
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