Relutei, reneguei, desdenhei
Quem coragem teve de propor
Repeli em impulso violento
Afinal, agora eu me convenço.
Não evitarei mais teu intento.
Concordo ser teu modelo vivo.
Admito até respeito tua opinião.
Porque o corpo nunca esteve
Tão disforme e honesto: bonito.
Deixo que pague pela imagem
Como tanto fiz em reportagem
Notícia que café da manhã esfria
Entendo teu propósito com o ato,
Com a virtude de durar mais, de fato,
Que aparição no telejornal, meio - dia.
E quanto à sensação que virá depois
Não pode ser pior das outras que vivi
Pode ser que não sinta conforto, imediato,
Mas estarei, em definição, livre da negação
De ser o meu mais um corpo triste e morto
Afinal acolhido em terna e justa obliteração
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