Preciso um grito
Algum grito que me erga. Logo, aconteça. O grito pelo fim de uma espera. Grito que desperte outros sentidos. Grito que acenda chamas e espante, como a mosquitos, qualquer ato mesquinho que me entristeça. A melhor condição de espera é a que não te adormeça. Não trave portas, pelo contrário, abra caminhos.
Desempeça passagem do fluxo dos pensamentos, dos impulsos, em velocidade alfa, gama ou beta. Permita criar nova tragetória, lugar que esteve, todo esse tempo, à minha espera. Que não fora experimentado pelo bloqueio de um cérebro ou gasto em promessas. O que estimula o pensamento não é apenas o sentimento? A afirmação de si próprio? Não é apenas a força e o poder da experimentação do mundo? É aquilo que existe de inusitado em mime e é novo, qualquer que seja a sua direção.
E é está no mesmo caminho. Não evito mais a perda por outros medos como da solidão e do vazio. Preencho com minhas palavras, a página em branco e, logo, estarei bem diante dos olhos, como uma escrita natural em si mesma. Apenas por seguir o próprio fio.
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