Lugar da delicadeza com o outro e com a própria Liberdade.

Onde se está de acordo com o único modo do humano de ser feliz

Sunday, May 25, 2008

"Contrariamente a célebre aforismo de Saint-Just, a felicidade nunca foi uma idéia nova na Europa e desde as origens, fiel à sua herança grega, o cristianismo sempre lhe reconheceu a aspiração. Simplesmente colocou-a fora do alcance humano, no Paraíso Terreal ou nos céus (o século XVIII contentar-se-á em devolvê-la aqui para o mundo terreno)".



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"A esperança da felicidade triunfa sobre o declínio da idéia da salvação e da idéia de grandeza, mediante uma dupla recusa da religião e do heroísmo feudal preferimos ser felizes a ser sublimes ou salvos"



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"O que muda a partir da renascença é a permanência na terra, no surgimento dos progressos materiais e técnicos, ter deixado de ser considerada como uma penitência ou um fardo".



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"O mundo pode ser um jardim fértil, deixando para sempre de ser uma tapada estéril, os prazeres são reais e a dor por si só não encerra o conjunto da experiência humana (o que é disto testemunha toda a tradição Utopista desde Thomas Morus e Campanella) sobretudo é necessária a reconciliação com o corpo".



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"Deixar de ver nele (0 corpo) o efêmero e desgostante revestimento da alma do qual seria preciso que desconfiássemos e nos desprendêssemos: no futuro será um amigo, o nosso único esquive sobre a terra, o nosso mais fiel companheiro que convém envolver, cuidar, tratar através de toda a espécie de leis da medicina e da higiene quando a religião prega a dura submissão, desprezo, esquecimento. Triunfo do conforto: apoteose do estofo, do acolchoado, do cômodo, de tudo o que amortece os choques, garantidas as nossas comodidades".




















KANT: "DEPENDE DE NÓS QUE O PRESENTE CUMPRA A SUA PROMESSA DE FUTURO".



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