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Wednesday, January 09, 2008

Quero com força. Preciso muito muito de um canal de identificação com Walter Benjamin. Sua juventude e historiografia "progressista". Do seu progresso inevitável e cientificamente previsível. Quero estar nesse "tempo de agora" ("Jetztzeit"), com sua intensidade e brevidade.

Saber constituir minha própria "Erfahrung" ("Experiência"). Materialista? Que seja. Se era um texto de juventude, publicado em 1913, é completamente altual; "A Criança, o Brinquedo, a Educação". Também sei desse hoje. E seu "Narrador" se parece com o meu.

Misturar a "Erfahrung" com a "Erlebnis". Característica também em mim, com minha experiência vivida, eu solitária que sou. Eu que necessito urgentemente reconstruir para garantir minha memória e minha palavra comum.

A minha experiência e narratividade estão se espalhando feito grãos de areias com o vento. Não faço mais parte de uma organização social comunitária centrada no artesanato. Ou agora que faço, o que faço?

Para Benjamin é assim: "O cronista que narra os acontecimentos, sem distinguir entre os grandes e os pequenos, leva em conta a verdade de que nada do que um dia aconteceu pode ser considerado perdido para a história" (Tese 3)

E "denuncia" o golpe de gênio de Proust; "Está em ele não ter escrito "memórias", mas, justamente, uma "busca", uma busca das analogias e das semelhanças entre o passado e o presente. PRoust não reencontra o passado em si - que talvez fosse bastante insosso -, mas a presença do passadono presente e o presente que já está lá, prefigurado no passado, ou seja, uma semelhança profunda, mais forte do que o tempo que passa e que se esvai 9daí meu sentimento areia) sem que possamos segurá-lo".

E continua:

"A tarefa do escritor não é, portanto, simplesmente relembrar os acontecimentos, mas "subtraí-los às contingências do tempo em uma metáfora".

Poderei eu um dia? "Se Proust personifica a força salvadora da memória, Kafka faz-nos entrar no domínio do esquecimento, tema chave da leitura benjaminiana. Poderíamos dizer, também, que se Proust representa a tentativa - árdua - de uma rememoração integral, Kafka instalou-se sem tropeços e sem lágrimas na ausência de memória e na deficiência do sentido. É daí que vem, segundo Benjamim, sua extraordinária modernidade, ao mesmo tempo cruel e serena".


Eu continuo em busca do que conto e do que conquisto. Do que quero presente e do passado esquecido. Não me aborrece virar páginas. Lido com o que impregna em mim e vou descascando os sentidos no melhor da minha existência de pele. De fruta. E se pus para dentro, como concha, o grão de areia. Fiz dele, com o passar do tempo, pérola, ainda posso continuar minha caminhada pela praia. Essa lembrança viva (material e física, não materialista!) me acompanha, de certo, mas não pode me fazer parar.

1 comment:

Anonymous said...

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